junho 01, 2010

Mãe Terra

Do céu caem gotas grossas feito lágrimas de cachoeira em seu véu de noiva; lá em cima alguém chora.

Elas caem leves e com impacto clássico, transformando um respingo em singelo espetáculo,deslizando e carregando o pesado que pendurado estava no ombro seu; saltitantes e gordinhas penduram-se nas folhas como bailarinas que buscam seu apogeu.

Os raios iluminam e enobrecem a dança, trazendo os ruidosos aplausos e ovações de gratidão pelo ar puro e renovado que agora sobe da terra molhada, pronta para mais um ciclo de ir e vir sem estagnar.. de ir e ir sempre se renovando.

De grosseiras e pesadas tornam-se leves e delicadas, reproduzindo indecifrável melodia que de tão sincronizada fica difícil engajar junto a ela uma canção...

AS cortinas do céu se abrem,alumiando e respirando aliviada,de longe um pássaro exibe sua satisfação.. de perto o verde das folhas inalam a sua canção.. parece que sorriem, mais verdes, coradas.. agradecidas.

Do céu caem gotas finas e silenciosas.. de alegria e gratidão,alguém lá em cima agora sorri ... a Mãe Terra agradecida homem não ter lhe exterminado todas as suas funções.

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