janeiro 13, 2017

Relatos de uma mente confusa




     Sim, escrever acho que sempre foi a parte mais reluzente do meu ser depois dos meus dentes ( acho que agora estão um pouco manchados de café). Começando um novo ano, com novas idéias.Relatos de uma mente confusa será seu nome. Meu projeto de 2017. Sim, ultimamente milhares e zilhares de idéias invadem meu cérebro, minha cabeça, minha mente .. onde tem espaço, tem uma idéia, um pensamento, fervilhando, borbulhando, correndo!! Quando era mais nova, no ápice das minhas utopias, sempre encontrava um caderno velho para escrever. Eu copiava frases feitas, essas de efeitos que são bonitinhas, as que vinham junto com o chiclete,  outras que são cruéis, outras que te fazem ser uma merda maior do que já acha que é. Também me lembro de folhear sempre a revista VEJA se não me engano, e copiar algumas frases de lá também. Escrever e ler são coisas intrínsecas . Sou freqüentadora assídua da biblioteca desde a quarta serie do antigo sistema Fundamental, o primeiro livro que li na vida foi A ILHA PERDIDA (ah que aventura deliciosa!!), alguns dos títulos que me marcaram POlliana, POlliana Moça, Escaravelho do Diabo, A marca de uma Lagrima,e alguns outros ..mais a frente li  Morte e vida Severina, O Diário de Anne Frank, O Guarany, Sertões Veredas, O cortiço, O primo Basílio e por ai vai ..ah também li quase todos da Agatha Christie (já pensei ate em ter uma filha chamada Agatha por isso) ; tinha um caderninho que eu anotava todos os livros e classificava depois, o tempo de leitura era de 7 ou 14 dias e se não desse tempo , tinha que renovar meu empréstimo ou pagar uma multa ( como era sofrido ter dinheiro ate para comer o pão de batata da cantina eu lia pra não pagar multa ). Ler nunca foi nenhum sacrifício, muito pelo contrario, foi sempre uma porta escancarada para muitos lugares que nunca sequer pisei, mas que conheço como a palma da mão. Ler te faz pensar. Pensar te faz falar, ou escrever. Talvez no momento atual muitas outras coisas também me fazem querer falar sem parar, mas como sou cuidadosa com os ouvidos alheios e caridosos, me disponho a escrever que é tão bom quanto falar hihihi.

         Hoje em dia, a internet se tornou um grande ventilador, e todas as pessoas saem jogando suas merdas ou flores para espalhar por ai. Tão fácil disseminar o ódio ou o amor, basta ter uns 453 caracteres – ou mais, ou menos- e clicar em share, pronto. Uma facilidade e uma infelicidade ao mesmo tempo, as noticias se espalham tão rápido quanto a velocidade da luz, seguidas de comentários maçante, criticas seguidas de criticas, o individualismo nunca esteve tanto presente, temos dezenas de milhares de senhores da razão. Esta errado? Não, cada um tem o direito de ter e exercer sua opinião; não esquecendo obviamente que existe o seu espaço e o do outro, pessoas, contextos, enfim, a era egocêntrica deixou de fazer parte do mundo de crianças de 5 anos de idade, e se estendeu além ... muito além. Mas não estou aqui para criticar as redes sociais que muito me alegram e muito me aborrecem diariamente. Estou aqui para vomitar meus anseios e minha ansiedade. Para tirar de dentro de mim essas ânsia de botar pra fora tudo que penso e que sinto ( claro que sem tanta intimidade parceiro). Se você ler e gostar que bom, se você ler e não gostar que bom! Chegou o momento mais egoísta da minha vida, pensar em mim. Li esses dias que pensar em nos e somente em nos sempre em primeiro lugar é um puta egoísmo necessário. Choquei, a principio, depois refleti e encontrei muita razão nisso. Claro que o termo egoísmo envolve muitos fatores , mas no sentido de se amar, se defender, se dar a mão, o braço e ser contigo sempre, aumenta e muito a dose diária de amor próprio que nunca devemos deixar de ter. Um brinde ao egoísmo do amor. O amor próprio.

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